Setor de TIC pode chegar a 10,7% do PIB em 2022
A participação do setor de Tecnologia da Informação e Comunicações (TIC) no PIB nacional deve ficar em 10,7% em 2022, segundo dados apresentados na 1ª Conferência Abranet (Associação Brasileira de Internet) realizada em 2015. Os números também apontam que, nesse mesmo ano as exportações de TIC alcancem R$ 12 bilhões. Já a consultoria do IDC estima que o mercado brasileiro de TI terá um crescimento na ordem de 2,6% em de 2016, o que levará o setor a manter um faturamento superior aos US$ 60 bilhões. Esses números ratificam a importância do segmento, assunto discutido no 36º Congresso da Sociedade Brasileira de Computação que reuniu cerca de 1,5 mil participantes.
Para o presidente da SBC (Sociedade Brasileira de Computação), Lisandro Zambenedetti Granville, a computação é uma das áreas mais importantes para a economia brasileira, não só pela produção de riqueza que ela traz em decorrência do que é produzido em termos de equipamentos e software para a própria área, mas também para todas outras áreas da economia, na indústria, serviços, e agricultura.
Mesmo em um cenário de instabilidade econômica e política que o País enfrenta, quando todas as áreas são impactadas pela crise, a indústria de TI tende a ter um ano mais próspero em 2016 do que ocorreu em 2015, segundo a Conquest One, consultoria brasileira de TI com atuação em Outsourcing e Hunting. A área de TI continuará sendo extremamente necessária no ambiente corporativo, seja para gerar ganho de produtividade, eficiência operacional ou redução de custos, e estará cada vez mais presente na vida das pessoas.
De acordo com o coordenador geral do CSBC, Avelino Zorzo, professor da PUCRS com pós-doutorado na área de segurança no Cybercrime and Computer Security Centre da Newcastle University, não é possível imaginar a sociedade sem a computação, ou seja, praticamente todas as áreas do conhecimento, seja Medicina, Biologia, Direito, Engenharia, Jornalismo, entre outras, utilizam computação de alguma forma. “Desta forma este é um setor da economia que só tende a crescer nos próximos anos, e o país que quiser estar na vanguarda deve continuar investindo na capacitação de pessoas para atender esta demanda crescente”, sinaliza.
Com relação à mão de obra, os números apresentados pela Abranet, em 2022 serão três milhões de empregados trabalhando em TIC contra 1,5 milhões empregados em 2015. A falta de mão de obra qualificada para ocupar as vagas, se, por um lado, é um problema imediato, por outro indica uma oportunidade para profissionais que consigam investir para se capacitar e se atualizar.
Investimentos, mercado e perspectivas – De acordo com a BRASSCOM (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação), o incremento no segmento ficou em 8,1% em 2015 e atingiu 8,7% do PIB (Produto Interno Bruto), com a participação do TIC e da Telecom. O IDC indica que haverá uma expansão nos investimento em TI no Brasil. Já a Forrester Research, conceituada empresa de análise, aponta que em 2017, mais de 50% dos gastos de TI das organizações serão para as tecnologias de 3ª plataforma, soluções e serviços, aumentando para mais de 60% até 2020. O Big Data será outro ponto de destaque, já que é uma área importante para o futuro das empresas de TI. Atualmente, apenas 1% de todos os aplicativos usam serviços cognitivos, mas, segundo o IDC, em 2018, 50% deverão utilizá-los.
Fonte: sbc
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