Programa Meninas Digitais da Sociedade Brasileira de Computação (SBC) incentiva participação de mulheres no mercado de TI

Contra tudo e contra todos, as mulheres desempenharam um papel fundamental na história da tecnologia. Ada Lovelace desenvolveu o primeiro algoritmo a ser processado por uma máquina. Grace Hopper foi a criadora daquele que é considerado o primeiro software de computador. A irmã Mary Kenneth Keller (sim, uma freira!) foi a primeira norte-americana a conseguir um PhD em Ciência da Computação e participou da criação da linguagem BASIC.  

Entretanto, o sexo feminino ainda é minoria no mercado da Tecnologia da Informação (TI): a área da tecnologia é dominada por homens, e isso vem desde as salas de aula. Segundo dados do último Censo da Educação Superior (2013) obtidos pela PrograMaria — Portal que reúne mulheres para debater a equidade de gênero na TI —, a cada 100 estudantes matriculados em cursos de computação no Brasil, apenas 15 são do sexo feminino.

A boa notícia é que já existem movimentos no mercado para fomentar uma maior inclusão das mulheres neste segmento, incentivando-as desde a sua formação. Exemplo disso é o Programa “Meninas Digitais”, que integra a programação do Congresso da Sociedade Brasileira de Computação — maior evento da área da computação no Brasil.

As previsões de crescimento do setor são promissoras, e a atividade é lucrativa. O salário na área varia entre R$ 2,2 mil e R$10 mil. Porém, as mulheres ainda enfrentam a desigualdade de salários entre os sexos. De acordo com o Code.org — organização, sem fins lucrativos cujo objetivo é divulgar e ensinar programação a pessoas de todas as idades —, os empregos na área de computação irão mais do que dobrar até 2020, para 1,4 milhão de vagas. Porém, não há mão de obra qualificada suficiente para cumprir essa demanda e a estimativa é que apenas 400 mil vagas sejam preenchidas. E um dos principais motivos é o baixo número de mulheres na área.

A proposta do Programa, que está vinculado a SBC desde 2015, é formar parcerias para desenvolver ações e projetos que reforcem a autoestima e incentivem as participantes na busca contínua pelo seu crescimento. Dentro da programação do CSBC — que envolve palestras, bate-papo e oficinas —, o objetivo é colaborar no processo de empoderamento das meninas na área de TI e também investir na formação das futuras gerações de mulheres deste segmento, facilitando sua empregabilidade e sociabilização. A ideia é colaborar para a autonomia das meninas nesta área, a equidade de gênero e o reconhecimento do potencial feminino da área de TI. As ações do Programa são diversificadas: oferta de minicursos e oficinas; realização de dinâmicas; palestras com estudantes e profissionais que já atuam na área compartilhando suas experiências etc. O Programa iniciou-se em 2011 sob a coordenação da Secretaria Regional da SBC – Mato Grosso e, em 2015, foi institucionalizado pela nossa Sociedade como programa de interesse nacional da comunidade, é gratuito e voltado para mulheres do ensino médio e fundamental.
Durante o congresso, o Programa contemplou estudantes de escolas públicas e privadas, com idade de 8 a 12 anos. Para saber mais sobre o Programa “Meninas Digitais” é só acessar o link: http://meninasdigitais.sbc.org.br/.

 

Fonte: sbc
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